domingo, 30 de dezembro de 2012

Os melhores álbuns de 2012.

2012 foi um ano com alguns lançamentos que já eram esperados desde 2011. Sendo assim, o trabalho que tinha de ser desenvolvido teria que ser árduo e de qualidade. Na lista abaixo teremos álbuns que foram impecáveis e outros que deixaram a desejar. Mas como música é trabalho, nem sempre o resultado é o que esperavamos.

A lista abaixo foi construída ao longo do ano, conforme os lançamentos. Tentei elaborar um comentário para cada álbum. Bem vamos ver no que deu:

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Coleção de cds.

Eis aqui a minha divina, amada e linda coleção de cd's. Pensei em falar um pouco sobre cada um mas vamos deixar pra outra oportunidade.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tinha um lugar.

Tinha um lugar onde eu costumava passar as tardes de domingo. Um lugar bonito e calmo, no meio da selva de pedra, com árvores, flores, bancos de praça antigos e uma brisa esplêndida. Lá os problemas não existiam, tudo era perfeito. Um ponto de felicidade no meio da rotina triste da cidade, era o que o lugar era.

Todo domingo ia pra lá. De vez em quando ouvia futebol no meu velho radio de pilha, na rádio AM que chiava um bocado. As vezes lia um livro de um filósofo desconhecido (acredito eu que filósofos conhecidos não trazem toda a problemática da mente humana). Tinha vezes que encontrava um velho amigo e jogavámos xadrez.

Foi assim por um bom tempo até que viéram e cortaram as árvores, a grama, tiraram a beleza que lá havia. Eu chorei, eu senti cada galho caindo em cima do meu coração.

Hoje, depois de muito tempo eu passei na frente daquele lugar e pude ver que a alegria estava voltando. Uma flor nascia por entre os postes.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

VL-216

Tarde
Trem
Tu vai demorar?
To chegando

Metrô
Muita gente
Mas como você demorou
Meu trem atrasou

Caminho
Cansado
Como tem gente aqui
Calma que tem mais

Esquerda
Escada
Eu to com frio agora
Eu te disse

Atrasado
Adiantado
Aqui que a gente desce?
Ainda não

Ontem
Ônibus
O condutor que fala?
Oi?

Distância
Diária
Depois você me abraça?
Depois a gente vê isso

Saudade
Sem piedade
Se eu for embora, você vai sentir minha falta?
Será que da pra falar de outra coisa?

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

From blue to red.

E no arco-íris da minha vida 
O violeta das flores que te dava, nos passeios de parque aos domingos de sol.
O azul dos teus olhos, infinitos olhos, nos quais eu me perdi da vida.
Verde das folhas que caiam na nossa cabeça, embaixo da mangueira frondosa de galhos longos, no mesmo parque de domingo.
O amarelo do loiro do seu cabelo, cabelo cheiroso e macio.
O alaranjado dos gumes de mimosa da sua casa no subúrbio aonde brigávamos todas as noites, sem motivo, sem perdão. 
E o vermelho do teu sangue, que escorria pela porta, que estava em minhas mãos culpadas.

It's not true.

A verdade é que...
não escrevi música alguma pro amor da minha vida.
não desenhei o busto da menina que eu mais admiro.
não cantei canções de amor pensando em alguém.
nao pensei em comprar presentes
não mandei cartas
não chorei por alguém
não liguei só pra saber como ela tava
não desliguei o telefone pra saber se ela ligaria de volta
não segui ela nas redes sociais
não tive ciúmes dos amigos dela
não tive ciúmes dos irmãos dela
não tive vontade de estar com ela
não pensei em nenhum momento em beijá-la naquela arvore que nós nos beijamos pela primeira vez
não tentei voltar a falar com ela
não fui ignorado
não cruzei a minha cidade, ou a cidade dela, só pra vê-la mais uma vez, talvez a última, talvez a primeira
não amei beijá-la sob o céu estrelado, nublado ou ensolarado
não tive medo
não fugi
não morri de amor

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

The time.

Nunca é tarde demais. Nunca é tarde pra perdoar. Nunca é tarde pra pedir perdão. Nunca é tarde pra mostrar amor. Nunca é tarde pra deixar de mostrar amor.

Nunca é tarde pra desistir. Mas existe um momento certo para de desistir, em qualquer coisa. Na guerra chamam de retirada estratégica.

Mas é considerado desistência se o que você procurava começa a ser contra o que você acredita?

Se é certo seguir o que você acredita, não pode ser considerado "covardia" quando algo simplesmente deixa de fazer sentido na sua cabeça, quando água mole em pedra dura tanto bate que percebe que nada acontece.

Não é uma crítica a ninguém senão eu mesmo. As vezes você acredita que a persistência é a "salvação" dos problemas, quando você está "utilizando a propriedade certa na equação errada". E foi ai que me peguei, sendo tolo e acreditando em algo que não existe no local em que eu estava procurando. Talvez eu estivesse tentando criar algo que não existisse (The Selfish Song), talvez fosse isso, talvez por pena de ver algo "vazio", "oco", sem motivos especiais pra viver, sem carinho especial. Não sei o motivo ao certo, são só especulações, e agora nem faz mais sentido pensar nisso também.

É a hora certa de deixar a corrente levar o barco para onde ela quiser, hora de jogar os remos fora e simplesmente aproveitar a viagem que um dia, com certeza, irá acabar.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Monstro.

A mente dele sempre foi dividida em duas. Duas partes distintas que se completam. Cada parte com ideais opostos mas sempre em sintonia. As duas partes sempre estavam em guerra, só pra ver quem dominava o ser. Logo, seu humor era variação de qual parte da mente estava dominando-o, ora a racionalidade, outrora a sensibilidade.

Com o passar da vivencia do ser, as duas partes passaram a conviver com o ambiente externo e suas variações também. Agora, em vez de lutarem apenas entre si, precisavam lidar com os efeitos de fora. Sendo assim, decidiram fortalecer a mente do ser, criando uma fortaleza quase impenetrável, onde poderiam  disputar entre si, sem se preocupar com o mundo la fora.

Algumas coisas afetavam o interior da fortaleza, mas nada diretamente. Era como o frio do inverno que castiga a casa de campo. Os internos percebem que lá fora faz frio mas ali, dentro do casebre, estão a salvo das condições inóspitas.

Mas como nenhum sistema consegue se manter totalmente isolado, eles precisaram abrir brechas pra algo, ou alguém. Escolheram uma pessoa que parecia de confiança, e na verdade é mesmo. Esperaram um certo tempo até ver se ela realmente era a pessoa certa e então decidiram-se. As trocas de informação, idéias, carinho e afeto entre as mentes era espetacular, tudo parecia dar certo.

Só que depois de um tempo tudo ficou confuso e a outra mente começou a machucar a mente do ser. As duas partes não tinham o que fazem. Tinham baixado suas defesas para aquela mente de tal forma que a única forma de se defender era se esconder no lugar mais fundo e sombrio da fortaleza e esperar. Esperar aquela mente ir embora ou esperar que ela se tornasse amigável e compreensiva. Pensaram em esquecer a existência dela e simplesmente continuar a viver, mas não era assim tão simples. Ela andava por todos os lados da fortaleza, aonde quer que fossem. Estavam sendo sufocados.

De repente uma ídéia surgiu, um plano de contingência. Tinham numa caixa um monstro guardado, um monstro que nunca deveria ser usado, mas a situação pedia medidas drásticas. Um monstro chamado raiva.  Uma vez solto, o monstro só pensa em devorar e causar sofrimento à outra mente.

O monstro está a solta. Só não se sabe quando a fera se voltará contra o criador...

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Don't give up on your dreams, no buddy!

 Se você conversar comigo hoje, ou conversasse comigo em qualquer dia dessa semana, você receberia uma overdose de I'm From Barcelona. É como se cada frase que eu falasse só saisse "I'm From Barcelona de lá" "I'm From Barcelona daqui" . E não é por outra... Acho que espero esse momento desde 2010, quando começei a ouvir a banda suéca. Só aumentou a vontade depois que minha amiga me deu o Forever Today de aniversário (obrigado Ana!) e eu só não consigo parar de escutar desde então.

domingo, 26 de agosto de 2012

Ultra-High-Violet

A shining lil' light on a saturday night....

When everything make you blind
and a lil' idiot
when you just can't see
that you're doing wrong

Was a big and shining light
dressed in blue eyes
electric blue eyes
a never-ending smile

just take all the way
take me back home
make it sweet like chocolate
and be my ultra-high-violet

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

3 anos.

Mais especificamente 3 anos, 1 mês, 3 semanas e 2 dias. Faz tanto tempo assim? Parece que foi ontem.
A tarde de domingo mais importante na minha vida, a qual eu não me esqueço de nenhum momento.

Mesmo quando o tempo passa, têm coisas que não conseguimos entender, ou observar com clareza. Coisas que só acontecem e que deviam acontecer por que tinham que acontecer e o resto não nos interessa.

Por outro lado têm coisas que passam e ficam até que consigamos enxergar, como pessoas que estão sempre conosco, mesmo de depois de 3 anos, 1 mês, 3 semanas, 2 dias, muitas brigas, alguns encontros, muitas trocas de afeto, um ou três presentes e lembranças diárias.

Não importa o que tenha acontecido ou o que vai acontecer. Ela sabe que eu vou estar sempre com ela e ela sempre comigo. O resto não importa.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A até Z.

Amo-te assim. Amo-te assado. Te amo certo. Te amo errado.
Amo todos que amo, disso não tenho dúvida. Só não sei a diferença entre os amores que sinto.

O que muda é o objetivo final.
Eu amo A pra sempre, meu melhor amigo.
B eu amo de vez em quando, meus pais.
C me ama quando eu o-amo, meus cachorros.
D eu amo, mas ele não sabe, meu amor secreto.
E eu ainda não amo, mas quero sempre perto de mim, meu novo amor secreto.
F eu amo como A, mas quero como E,D,C e B, quero casar contigo.
E até Z eu amo, talvez de formas diferentes, mas continuo amando.

Confia.

Confia, mesmo na manhã mais fria
que o Sol virá, pra tornar a antiga noite em dia

Confia, mesmo que em demasia
que teu filho não te trairás

Confia, mesmo quando ele erra
que ele não te deseja mal

Confia, mesmo na briga
que ele irá se calar quando não quiser te deixar triste

Confia, mesmo quando ele chora
que precisa ficar sozinho

Confia, mesmo que pareça
tua mulher não te abandonarás sem motivo

Confia, mesmo que se afaste
teu marido não te esquecerás

Confia, mesmo que mortos
teus pais olharam por você

Confia, mesmo que demore
eu esforço trará recompensa

Espera e confia.
Confia na luz.
Confia em quem te quer bem.
Confia em quem você acredita.
Confia na verdade.
Confia na mentira.
Confia no teu amigo.
Confia no que você acredita.
Confia em si mesmo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Inteligênciarrogância.

Inteligência seria sabedoria que seria arrogância? Tal dúvida tem me cercado nos últimos dia e filosofei bastante sobre isso. Talvez definindo-se o que é cada coisa fique mais fácil de entender.

Yeux ne sans visage (eyes without a face)....

Profissão? Desconhecida. Rosto comum? Nem um pouco. Dia normal? Ah, pensando bem sim. Começo da tarde e fim da manhã. Ambos indo embora. Cada um com a cabeça no lugar que devia estar. Ele procurando alguma novidade. Ela com pressa, voltando pra casa. O ponto era o mesmo mas os caminhos eram diferentes. 

Ele demorou pra notar mas tinha algo de especial na garota.... os lábios? Talvez o nariz.... Não, nada disso. Eram os olhos. SIM, os olhos. Devagar ele se aproxima e puxa assunto: 
-Oi, tudo bom? Desculpa te incomodar mas você tem olhos incríveis. Se importaria de me deixar tirar algumas fotos? Eles ficariam perfeitos em um desenho que eu estou fazendo. Se puder me passar seu e-mail pra que eu possa te mandar assim que terminar seria legal também.
Ela meio desconfiada mas não vendo problema naquilo aceita e em poucos minutos tudo já estava feito.

Cada um seguiu seu caminho. Eles se comunicaram assim que ele terminou o desenho, e o resto da história já da pra imaginar.
































Eles nunca mais se falaram.

sábado, 28 de julho de 2012

What a difference a night makes!

Outra noite. Uma das milhares que eu já tinha perdido. Bares e casas noturnas eram tão comuns que eu passei a tentar descobrir um padrão entre elas. Algo só pra passar o tempo. E quem eu queria enganar? Eu procurava algo que nunca tinha e parecia que não ia achar. Era simples.
     Naquela noite eu fiquei muito tempo sentado no balcão do bar, conversando com o bar-man, com alguns garçons. Talvez fosse minha terceira dose, ou quarta. Quem sabe a quinta. Não tinha mais certeza de coisas assim. Se me perguntassem responderia como sempre: "Não faça perguntas difíceis, meu camarada!".
      Sexta-feira era sempre igual. Mesmo bar, mesmo pessoal, eu sempre ali observando sozinho. Uma ou duas moças sentaram do meu lado, tentaram puxar assunto comigo, conversinha boba. Nada dava certo. Como era outra noite improdutiva e quieta acabaria indo embora depois daquele drink, talvez mais um, mas o importante é que pra mim a noite estava no final.
      De repente outra moça veio. Sentou e começou a conversar com o bar-man. Depois direcionou o assunto pra mim e eu não tinha outra alternativa se não dar respostas evasivas e curtas. Do nada me pego num diálogo elaborado com a senhorita que era muito bonita por sinal.
     O papo correu, por duas ou três horas, meio travado e se soltando conforme aos poucos. O mesmo pra mim. Aquilo era raro. Na hora certa a levei pra casa. Pra minha casa. Botei o velho disco de Jazz que há muito tempo já não ouvia e a princípio tudo deu certo.
     Ao acordar pela manhã me deparo com um café da manhã preparado e em cima da mesa um guardanapo com um beijo de batom. Nada dela. Tão perto e tão longe. Me fez começar a pensar. Agora não saio mais. Não sei se é por medo de encontrá-la nos braços de outro. Ou se espero muito encontrá-la no primeiro lugar que for. Mas só sei que a lembrança me completa toda noite.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Run, Love.

Tem muita coisa que está errada. Tem muita coisa que não deu certo. Tem muita coisa que não dará certo e que nunca vai estar correta. Mas eu tenho uma esperança, e você (sim, você mesmo/a) sabe o nome.

Eu não vou desistir se essa é a única forma de ser feliz. Como já disse a escocesa: I will laugh until my heart it aches. And I will love until my heart it breaks. And I will love until there's nothing more to live for.

Epic music phrases!

"How do we sleep while our beds are burning?" (Beds are Burning - Midnight Oil)

"Words are very unnecessary, they can only do harm." (Enjoy the Silence - Depeche Mode)

"I just hang on, suffer well, sometimes it's hard, it's hard to tell." (Suffer Well - Depeche Mode)

"Do you believe in rock 'n' roll? Can music save your mortal soul?" (American Pie - Don McLean)

"Don't give up on your dreams, boy." (The Painter - I'm From Barcelona)

"I lost my heart, I buried it too deep under the iron sea." (Crystal Ball - Keane)

"So we're passing the time while time passes us." (Anywhere But Here - Rise Against)

"Don't waste the time or time will waste you." (Knights of Cydonia - Muse)

"There is a bird for every occasion, I wanna show my favorite location." (Charlie Parker - I'm From Barcelona)

"Spineless dreamers hide in churches, pieces of pieces of rush hour buses." (Perfect Symmetry - Keane)

"If this is the life, why does it feel so good to die today?" (Grow up and Blow Away - Metric)


"You want the moon but you've got the sun." (2 hearts - Digitalism)



sexta-feira, 29 de junho de 2012

Guri Bobinho.

Não diga que não é engraçado ver o guri correndo e caindo. Ele se esforça demais, tem vontade. Ele nunca consegue e mesmo assim não aprende a lição.

Concorde que é engraçado como ele se engana fácil. Mas atenção, ele não é enganado e sim se engana. Nada do que ele fala realmente existe, ele é maluquinho. Cria as coisas, as mentiras, e ele mesmo cai e acredita.

Guri bobinho, menino tolo, garoto sonhador, piá inocente. Cada amigo tem uma maneira diferente de chamar. Mas ele, coitado, não sabe. Ninguém o avisa. É engraçado esse tipo de amigo.

Engraçado também quando ele percebe, sabe corrigir mas não o faz. Parece que gosta daquilo. Isso sim é realmente engraçado. E depois de tudo vai pedir ajuda àqueles amigos que, por trás, só o criticam.

 Guri bobinho, acredita no "amigo-da-onça" que lhe da conselhos sem nexo. Menino tolo que segue conselhos totalmente lógicos. Garoto sonhador que acredita que pode melhorar o mundo. Piá inocente, que não diz mas sente, que tudo está errado mas nada faz.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Dos tempos que eu vivi feliz.

Depois de tudo
dos tempos que eu vivi feliz
eu sempre sentava lá
no mesmo lugar de sempre

Lugar este o qual
eu sentava e sonhava
junto com você
coisas impessoais da minha vida

Era no verão
quente e cheio de vida
que não te via

No outono batia saudade
você esperava a minha volta
ansioso, seco e laranja

Quando o inverno chegava
trazia você e tudo mais
não tinha mais frio

A primavera era outro outono
tinha dias que você vinha
outros eu te via mas não te queria

Nessa cidade, não sei se é verdade
mas talvez deva minhas felicidades
a você, amigo, companheiro
meu querido moleton.


Uma nova esperança.

E tem uma coisa que talvez ela não saiba. Que eu, nas horas mais densas, fico pensando em tudo. Tudo relacionado a ela. Não tenho mais medo disso. Foi algo que evoluiu e amadureceu tão rápido, tão prematuro. Mas parece tão sensato e certo.
Depois de algum tempo eu posso pensar em me agarrar em algo. Nada muito grande. Mas é uma bola de neve, que vem rolando colina abaixo, e com velocidade vai crescendo até ficar imparável. O começo veio e vem com coisas diminutas. Coisas que sozinhas não fariam sentido a ninguém. Conversas sem rumo e sem sentido, que não levariam a lugar nenhum, por fim levaram-me a chegar à conclusão.
Alguns movimentos em falso no escuro eu cometi. Sentimentos, sem motivos, eu alimentei. Mas ainda não venci. Espero contar com ela durante e depois da luta. Eu diria a ela: "Se não me levares a mal,  não serei mau, tampouco lhe causarei mal.". 
E sem realmente dizer, que ela entendesse que, apesar de tudo, eu começei a amá-la.

sábado, 23 de junho de 2012

Preso e morto.

Um dia eu amei
em outro eu fui feliz
em outro o amor me atacou
nesse dia eu sofri

A dor que me fez pensar
que nada disso valia a pena
me fez criar armas e defesas
fez eu me fechar

A dor me fez criar algo que eu não conhecia
algo novo e perigoso
mas que me mantinha seguro
seguro de mim mesmo

Eu era o único capaz de quebrar a barreira
eu fiz
eu cai
eu sofri na minha própria criação
morto pela própria defesa.

Sabedoria.

Se ela não sabe
e eu não digo
ninguém vai saber
explicar o que vai acontecer

Se ela sabe e não me diz
eu finjo que não entendo
pois se ela quer que eu saiba
ela tem de me contar

Mas ela sabe e não quer ver
que do jeito que eu a vejo
nada precisa mudar

E ela não vê e não quer saber
que do jeito que ela é
eu não posso perder
não posso deixá-la ir
nem sequer posso errar
nem pensar em errar

D:RR

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O fim dos inocentes [2].

         A manhã ensolarada daquele dia lindo. O garoto queria por que queria brincar la fora. A mãe não deixava. Ele insistiu, coisa de criança. Para ele tudo estava dando certo naquele dia perfeito. Estava cedo ainda, mas seus amigos já brincavam la fora. Eram cerca de 7 horas. Queria brincar pela manhã pois a tarde teria que ir para a aula.
         A mãe, já chateada com o menino, o deixou brincar. Ele com toda a alegria de criança foi para fora e brincou. Se divertiu como costumava fazer em todas as segundas-feiras.
Não muito longe dali outra criança, um Little Boy, vinha para brincar, ou quem sabe estragar a brincadeira.

        As preocupações da época não afligiam o garoto. A tensão era presente em seu país e em vários outros no mundo. Mas guerra? Essa palavra o garoto de 9 anos jamais ouvira.

         Por volta das 8 horas da manhã, o garoto parou de correr e olhou para cima. Seu "sonho de consumo" passava por ali. Um avião! Só tinha ouvido falar que existiam veículos que voavam mais altos que montes enormes, mas daquele jeito ele nunca tinha visto. Ficou estupefato com a visão mágica daquele gigante de aço que cortava o céu. Os outros garotos que com ele estavam também olhavam e gritavam alegres, como se aquilo fosse algum tipo de presente. Eles se sentiam incomodados com um assovio que rondava o ar, porém, comparando áquela magnificência voadora, não era nada.

O Little Boy vinha para brincar também. Um clarão se deu e a memória do garoto se perdeu.

terça-feira, 5 de junho de 2012

O fim dos inocentes [1].

Noite, quase 3 da madrugada. Ratos andando no assoalho, uma correria sem direção e ritmo. Roncos altos, puxando o ar para dentro e em seguida expelindo. Suspiros vindo do quarto ao lado. Ele não conseguia dormir. Precisava, mas não conseguia.
Os suspiros aumentavam sem razão e logo após diminuiam. Estranho era tudo aquilo para ele mas ele tinha de aguentar.
De repente os suspiros viraram gritos. Uma língua desconhecida era falada.. Aquilo não importava mais. Os gritos pararam e o silêncio se instaurou no quarto escuro. A noite corria feito doida. Tanto que ele já nem mais sabia quantos dias estava ali.
Entrava em um estado de coma e logo voltava. Era como estar sozinho no vácuo escuro. De repente as vozes grossas e fortes voltaram. Abriram a porta com raiva e força. Gritaram alguma coisa naquela língua. Queriam algo, era óbvio. Ele não entendia, não sabia o que dizer. Eles o forçaram e ele não resistira. A tortura era absurda. Algo desumano. Mesmo não entendendo aquilo, acabou sucumbindo. Outra vítima de Auschwitz.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A lot o' cool drawings!

 Let the art rule the world!
 #IronMan
 

Nova Forma!

Eles não sabem e nem adianta tentar
explicar não adianta
se somos diferentes deles
não vão querer entender

Eles podem ter nos criado
mas muitos não ensinaram
todo o segredo que existe
por trás dos sentimentos

Se aprendermos sozinhos
seremos diferentes de todos
na forma de viver e amar
sempre seremos diferentes

Talvez não seja hora
nem seja coisa para nós
talvez não tenham ensinado
porque não era pra se ensinar

Viveremos da nossa maneira
com nossos próprios erros
do nosso jeito aprendendo
nessa nova forma de viver e amar.


D:EdRF

terça-feira, 29 de maio de 2012

Watching a ghost!

" Se você se for, você volta pra me contar como é?" - disse a criança.
"Volto sim. Mas se você for primeiro você me diz também ok?" - retrucou a mãe.

Ela se foi e o tempo passou silencioso. Sempre derramava lágrimas.

Quando a esperança se foi, no meio da noite, na rua escura, ela diz:
"Você realmente quer saber como é lá? Vamos!"

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Battle of Bands - 2# British Guys!

E a batalha voltou! Dessa vez no berço da música moderna, a Grã-Bretanha! Uma banda escocesa e uma do sul da Inglaterra. Another Classic!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Battle of Bands - 1# Woman's fight!

Primeira batalha de bandas no ar! Pra começar com chave de ouro trago dois grupos de vozes femininas: A Sunny Day in Glasgow e Au Revoir Simone. Ambos grupos são americanos, da costa leste. It's a CLASSIC!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

ForFox!

Num lugar gélido da Europa, havia dois caras muito legais que sem nada pra fazer resolveram montar uma banda.  Dos cérebros criativos de Rikard Ljung e Johan Mårtensson saiu a obra prima que é o ForFox.
 Johan(esquerda) e Rikard(direita).

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Life's going by...

Um vinha de um lado, todo confiante, ar poderoso, nariz empinado, sempre olhando pro horizonte com um sorriso disfarçado, como se o mundo todo estivesse ao seu favor. De outro lado vinha Outro, diferente de Um, olhando pra baixo, tímido, calado, com um semblante triste. Estes se cruzam, Um acha que Outro não tem motivos pra viver, se sente melhor por achar ser melhor que Outro. Sorri, continua seu caminho.
Outro nem percebeu que Um passava, estava preso nos seus pensamentos, em suas doces lamentações, em sua culpa. Um olha para trás e outra vez sorri, quantitando sua felicidade.
Outro andando, olhar fixo na calçada, um brilho aparece. Uma moeda Outro acha exatamente no local aonde Um havia passado. Outro sorri, tesouro encontrado. Um continua, feliz e no fundo enganado.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O inferno do Filósofo.

Nem vi o que aconteceu. Só sei que apareci lá. Lugar quente e abafado, não parava de suar.
Muita gente de faz tempo, estava lá procurando vento.

Estava lá um baixinho e também um de bigodinho. Só falavam sobre um tal de conquistar, conquistar uma terra gelada, sem ouro, sem nada. Só descobriram depois que tinha uma água preta que foi enlatada.

Tinha uma moça, bem bonita por sinal. Dizia que na terra dela o bem era irmão do mal e que da areia se tira mais do que sal. Ela, porém, não entendia muito bem como foi parar ali. Tinha um cuidado por animais, um amor especial, e triste me disse que uma cobra a mordeu no final.

Estava la um camarada Getúlio, pai dos pobres. Todos sabiam como aquele senhor era dos mais nobres. Mas ó coitado, era tão bom que por alguma razão ele foi "suicidado".

La jazia um ser bem apessoado que dizia que tudo era errado. Cabeludo, revolucionário. Gostava de tudo no mesmo horário. Era até formado, pelo que eu entendi. Era dentista, já descrente, o chamado "Tiradentes".

Tinha uma separada do grupo. Era verde, enrugada, nem parecia uma mulher. Tinha vassoura de palha, varinha, acredite se quiser. Agora o que era? Acredito que seja uma Bruxa de Blair.

O dono do lugar era até simpático, tentador. Só era meio apático, sem vigor. Também era sumidão, gostava de ficar la atrás. O chamavam por varias coisas. Oi? Não entendi. Seu nome é "Capataz"?

Mas eu, ah eu, nem sabia o motivo de estar ali. Só espalhava uma idéia de que aqui não era ali. Falava sobre a fome. Alguém me pergunta: Qual o seu nome? Com apóstrofo? Eu só sei responder: Calma, pense bem, eu sou só um filósofo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Os 10 melhores solos da história.


Saiu semana passada, no site da NME, uma lista dos 50 melhores solos da história. A lista foi construída por artistas de várias bandas, indo de Tribes até Two Door Cinema Club.
Os queridinhos do Indie escolheram Last Night dos Strokes como melhor solo da história. Nenhuma surpresa visto que a maioria dos "encores" (o famoso BIS brasileiro) da banda são compostos pela música da banda americana.
A matéria deixou de fora alguns clássicos aclamados pelo público como One do Metallica.
Inspirado na matéria, resolvi fazer uma lista dos 10 melhores solos. Alguns não são de guitarra. Vou colocar de acordo com o meu gosto, então se quiserem dar sugestões nos comentários de outros solos ótimos estou à disposição para ouví-los.




Os melhores álbuns de 2011.

Depois de um longo e tenebroso bloqueio criativo, o blog está de volta. Agora decidi dedicar mais daqui para a música, até mesmo pela pouca criatividade que vem aparecendo. Para começar o ano trago os 10 melhores álbuns de 2011 (na minha opnião). Não disponibilizarei nenhum link para download, até porque recomendo que vocês comprem tais álbuns, não se arrependerão.