sexta-feira, 29 de junho de 2012

Guri Bobinho.

Não diga que não é engraçado ver o guri correndo e caindo. Ele se esforça demais, tem vontade. Ele nunca consegue e mesmo assim não aprende a lição.

Concorde que é engraçado como ele se engana fácil. Mas atenção, ele não é enganado e sim se engana. Nada do que ele fala realmente existe, ele é maluquinho. Cria as coisas, as mentiras, e ele mesmo cai e acredita.

Guri bobinho, menino tolo, garoto sonhador, piá inocente. Cada amigo tem uma maneira diferente de chamar. Mas ele, coitado, não sabe. Ninguém o avisa. É engraçado esse tipo de amigo.

Engraçado também quando ele percebe, sabe corrigir mas não o faz. Parece que gosta daquilo. Isso sim é realmente engraçado. E depois de tudo vai pedir ajuda àqueles amigos que, por trás, só o criticam.

 Guri bobinho, acredita no "amigo-da-onça" que lhe da conselhos sem nexo. Menino tolo que segue conselhos totalmente lógicos. Garoto sonhador que acredita que pode melhorar o mundo. Piá inocente, que não diz mas sente, que tudo está errado mas nada faz.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Dos tempos que eu vivi feliz.

Depois de tudo
dos tempos que eu vivi feliz
eu sempre sentava lá
no mesmo lugar de sempre

Lugar este o qual
eu sentava e sonhava
junto com você
coisas impessoais da minha vida

Era no verão
quente e cheio de vida
que não te via

No outono batia saudade
você esperava a minha volta
ansioso, seco e laranja

Quando o inverno chegava
trazia você e tudo mais
não tinha mais frio

A primavera era outro outono
tinha dias que você vinha
outros eu te via mas não te queria

Nessa cidade, não sei se é verdade
mas talvez deva minhas felicidades
a você, amigo, companheiro
meu querido moleton.


Uma nova esperança.

E tem uma coisa que talvez ela não saiba. Que eu, nas horas mais densas, fico pensando em tudo. Tudo relacionado a ela. Não tenho mais medo disso. Foi algo que evoluiu e amadureceu tão rápido, tão prematuro. Mas parece tão sensato e certo.
Depois de algum tempo eu posso pensar em me agarrar em algo. Nada muito grande. Mas é uma bola de neve, que vem rolando colina abaixo, e com velocidade vai crescendo até ficar imparável. O começo veio e vem com coisas diminutas. Coisas que sozinhas não fariam sentido a ninguém. Conversas sem rumo e sem sentido, que não levariam a lugar nenhum, por fim levaram-me a chegar à conclusão.
Alguns movimentos em falso no escuro eu cometi. Sentimentos, sem motivos, eu alimentei. Mas ainda não venci. Espero contar com ela durante e depois da luta. Eu diria a ela: "Se não me levares a mal,  não serei mau, tampouco lhe causarei mal.". 
E sem realmente dizer, que ela entendesse que, apesar de tudo, eu começei a amá-la.

sábado, 23 de junho de 2012

Preso e morto.

Um dia eu amei
em outro eu fui feliz
em outro o amor me atacou
nesse dia eu sofri

A dor que me fez pensar
que nada disso valia a pena
me fez criar armas e defesas
fez eu me fechar

A dor me fez criar algo que eu não conhecia
algo novo e perigoso
mas que me mantinha seguro
seguro de mim mesmo

Eu era o único capaz de quebrar a barreira
eu fiz
eu cai
eu sofri na minha própria criação
morto pela própria defesa.

Sabedoria.

Se ela não sabe
e eu não digo
ninguém vai saber
explicar o que vai acontecer

Se ela sabe e não me diz
eu finjo que não entendo
pois se ela quer que eu saiba
ela tem de me contar

Mas ela sabe e não quer ver
que do jeito que eu a vejo
nada precisa mudar

E ela não vê e não quer saber
que do jeito que ela é
eu não posso perder
não posso deixá-la ir
nem sequer posso errar
nem pensar em errar

D:RR

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O fim dos inocentes [2].

         A manhã ensolarada daquele dia lindo. O garoto queria por que queria brincar la fora. A mãe não deixava. Ele insistiu, coisa de criança. Para ele tudo estava dando certo naquele dia perfeito. Estava cedo ainda, mas seus amigos já brincavam la fora. Eram cerca de 7 horas. Queria brincar pela manhã pois a tarde teria que ir para a aula.
         A mãe, já chateada com o menino, o deixou brincar. Ele com toda a alegria de criança foi para fora e brincou. Se divertiu como costumava fazer em todas as segundas-feiras.
Não muito longe dali outra criança, um Little Boy, vinha para brincar, ou quem sabe estragar a brincadeira.

        As preocupações da época não afligiam o garoto. A tensão era presente em seu país e em vários outros no mundo. Mas guerra? Essa palavra o garoto de 9 anos jamais ouvira.

         Por volta das 8 horas da manhã, o garoto parou de correr e olhou para cima. Seu "sonho de consumo" passava por ali. Um avião! Só tinha ouvido falar que existiam veículos que voavam mais altos que montes enormes, mas daquele jeito ele nunca tinha visto. Ficou estupefato com a visão mágica daquele gigante de aço que cortava o céu. Os outros garotos que com ele estavam também olhavam e gritavam alegres, como se aquilo fosse algum tipo de presente. Eles se sentiam incomodados com um assovio que rondava o ar, porém, comparando áquela magnificência voadora, não era nada.

O Little Boy vinha para brincar também. Um clarão se deu e a memória do garoto se perdeu.

terça-feira, 5 de junho de 2012

O fim dos inocentes [1].

Noite, quase 3 da madrugada. Ratos andando no assoalho, uma correria sem direção e ritmo. Roncos altos, puxando o ar para dentro e em seguida expelindo. Suspiros vindo do quarto ao lado. Ele não conseguia dormir. Precisava, mas não conseguia.
Os suspiros aumentavam sem razão e logo após diminuiam. Estranho era tudo aquilo para ele mas ele tinha de aguentar.
De repente os suspiros viraram gritos. Uma língua desconhecida era falada.. Aquilo não importava mais. Os gritos pararam e o silêncio se instaurou no quarto escuro. A noite corria feito doida. Tanto que ele já nem mais sabia quantos dias estava ali.
Entrava em um estado de coma e logo voltava. Era como estar sozinho no vácuo escuro. De repente as vozes grossas e fortes voltaram. Abriram a porta com raiva e força. Gritaram alguma coisa naquela língua. Queriam algo, era óbvio. Ele não entendia, não sabia o que dizer. Eles o forçaram e ele não resistira. A tortura era absurda. Algo desumano. Mesmo não entendendo aquilo, acabou sucumbindo. Outra vítima de Auschwitz.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A lot o' cool drawings!

 Let the art rule the world!
 #IronMan
 

Nova Forma!

Eles não sabem e nem adianta tentar
explicar não adianta
se somos diferentes deles
não vão querer entender

Eles podem ter nos criado
mas muitos não ensinaram
todo o segredo que existe
por trás dos sentimentos

Se aprendermos sozinhos
seremos diferentes de todos
na forma de viver e amar
sempre seremos diferentes

Talvez não seja hora
nem seja coisa para nós
talvez não tenham ensinado
porque não era pra se ensinar

Viveremos da nossa maneira
com nossos próprios erros
do nosso jeito aprendendo
nessa nova forma de viver e amar.


D:EdRF