segunda-feira, 7 de março de 2011

Um amor de cinema.

Não é um amor "como" os de cinema. É um amor de cinema mesmo. Ela era morena, olhos claros, pele clara, altura mediana. Seria normal senão fosse ser normal de mais. Foi paixão a primeira vista. Aquele estilo alternativo, aquela franja. Tudo peculiar. Desde as roupas até o sorriso. Um toque único.
No primeiro encontro ela estava divinamente linda. Um jeito angelical e inocente. Calma, despreocupada com a vida, um tanto quanto largada no mundo. Cheia de esquisitices e independente. Atendia pelo nome de Allison na ocasião. Foi injustiçada e defendeu seu ponto. Mas na hora do adeus tudo se resolveu.
Um período de distância acometeu-se entre os dois. Talvez ela nem ligasse pra ele, mas fazia questão de aparecer em algum lugar, dar alguma pista, esperando que ele corresse atrás.
Assim feito, ele deu um jeito e conseguiu um segundo encontro. Dessa vez o papo foi sobre música e sobre casamentos ou amores eternos. Ele estava certo de que ela era a pessoa mais perfeita do mundo e ela acabou percebendo isso. Ela evadiu, criou mentiras ou meias verdades. Quebrou o coração dele.
Ela seguiu seu caminho e ele ficou ali, só ouvindo as músicas que eles gostavam e as próprias músicas dela, imaginando se um dia ela voltaria a ser como era antes.

As dez mil horas.

Uma vez algum peregrino da vida me disse que se você utilizar dez mil horas da sua vida em alguma coisa, com certeza seria um expert. Parece fácil se concentrar em algo e ali ficar estagnado até que se alcance a perfeição mas para mim não.
Eu quero sempre o novo, não tenho tempo para uma coisa só. Quero fazer tudo. Além do que dez mil horas é mais que um ano e muita coisa acontece em um ano.
Numa sociedade onde o tempo é tudo, desperdiçar dez mil horas em uma atividade única é como assinar o atestado de falência ou de óbito.
Falta de paciência ou vontade de experimentar novas coisas? Só me dizem que quando eu realmente achar o que quero para minha vida eu paro de procurar.

domingo, 6 de março de 2011

Eu sempre faço o melhor que posso.

Este post é sobre um sonho realizado e um encontro com um ídolo.

Tudo começou naquela manhã, eu estava bem humorado, o frio da cidade me acalmava e tudo tinha que dar certo. A poltrona do ônibus era a 21, meu número da sorte. A viagem correu bem. Chegando no destino fui surpreendido por um calor infernal, mas nem aquele sol de rachar a moleira iria atrapalhar meu momento.
Como sempre, dediquei uns momentos anteriores para vistoriar o terreno. O local da apresentação estava vazio, quase deserto. Nenhum fã, fora eu, avista. Estava cedo e não compensava ficar ali.
Duas horas antes do início eu resolvo ir até o local e pegar um bom lugar, afinal não era apenas um show. No caminho eu encontro alguém, meu coração dispara e eu não sei o que fazer. Era o Carlos Stein, ex-engenheiro do hawaii e guitarrista do Nenhum e junto com ele estava o Veco, também guitarrista da banda. Com um pouco de coragem eu consegui falar com eles, meio sem jeito, mas consegui.
Segui meu caminho, sentei num lugar muito próximo ao palco, ninguém estava ali ainda. Me senti como o único fã da banda e por muito tempo achei que seria o único ali.
Bom, para minha felicidade aparecem as meninas do fã-clube ''Ser Nenhum de Nós''. Conversei um pouco com elas e também escutei as histórias delas. Talvez não fosse um fã tão fanático quanto elas pela minha idade e também pela falta de dinheiro, mas eu fiquei fascinado ao ouvir as aventuras que elas tinham passado pra ver a banda. Eu só tinha uma pra contar, e que estava sendo escrita naquele momento, e elas tinham várias.
A cada instante que passava eu sentia que estava mais próximo da banda, até que o momento chegou. Eles entraram no palco e eu não sabia como reagir. Eles estava ali na frente e eu sentado só esperando algo acontecer. Então o Sady pega as baquetas e puxa a introdução de Outono Outubro. Assim começou, com minha música favorita. Eu cantei o mais alto que pude, não me importei com afinação nem com quem estava perto, aquele momento era meu.
Não sei se vou lembrar a ordem da playlist agora mas senão me engano as que tocaram foram Outono Outubro, Amanhã ou Depois, Paz e Amor, Das Coisas Que Eu Entendo, Sobre o Tempo, Da Janela, Julho de 93, Você Vai Lembrar de Mim, Ultimo Beijo, Camila,Camila.
Confesso que quando o Thedy começou a cantar o ''OO uo ô'' de Sobre o Tempo eu me debulhei em lágrimas. Parecia que tudo fazia sentido naquela hora.
No final do show eu quase peguei a baqueta do Sady mas não deu certo. Estava indo embora quando vi que tinha uma fila na porta do camarim. Pensei e resolvi ficar. Esperei um pouco, olhei, e logo apareceram o Thedy e o Veco pra cumprimentar o pessoal. Fui na galera que estava perto do Thedy e la fiquei só olhando. Consegui espaço e pedi pra uma alma bondosa tirar uma foto minha com o Thedy. Naquele momento eu estava do lado do meu ídolo e tirando uma foto, algo que pretendo guardar pra sempre. Após aquilo ele me surpreende perguntando se eu sou o Couto do Twitter. Aquilo me enche de alegria e me debulho em lágrimas. Meu ídolo lembrou de mim, mesmo sem ter me visto.
O melhor dia da minha vida foi aquele. E corri pra casa, feliz igual uma criança quando ganha um brinquedo novo e com um rumo na minha vida.
Obrigado Nenhum de Nós.




quinta-feira, 3 de março de 2011

Quando um sonho chega perto da realidade.

Após muitos anos da minha vida sem algo muito significativo acontecendo, eu me deparo com um sonho se tornando realidade. Nesse sábado(05/03/2011) eu pretendo ver meu ídolo, meu espelho, ou como diria o grande Kurt Cobain, ''The man that I used to be''. Thedy Correa é seu nome. Ele é vocalista da banda Nenhum de Nós, a minha favorita e a unica banda nacional que eu escuto. Talvez achem meio clichê eu idolatrar o Thedy mas na verdade eu idolatro toda a banda. Eles construíram um legado, todos juntos, e Thedy é o porta-voz desse legado. Por isso minha paixão por ele.
Alguns fãs ficariam histéricos mas eu ajo normalmente, como se nada fosse acontecer. Mas aqui no fundo do meu peito a emoção é grande. Até parece que é só um sonho, que é só mais um dos meus sonhos.
Muitas vezes já sonhei com a banda e agora vou vê-los ao vivo e à cores. Não é meu primeiro sonho realizado mas talvez o maior e de maior importância até agora na minha vida. Meus amigos já realizaram um sonho meu, ou melhor, dois. Um deles era me dar uma camisa oficial do Chelsea FC e outro foi uma festa surpresa. Mas ver Nenhum De Nós é diferente disso. É algo que eu espero há muito tempo. Algo que não parece ser realidade.