O voo mais alto.

E quantas vezes se olha para as conseqüências antes de fazer alguma coisa? Talvez uma, ou duas, isso quando se olha. Certas coisas nos deixam loucos e cegos e vão nos levando por caminhos antes nunca vistos, nunca explorados. Uma coisa que te empurra, te movimenta involuntariamente, mas mesmo assim não se tem forças para lutar contra ou simplesmente não se quer lutar contra. Alguns chamam isso de sedução, já eu não defini nenhum nome específico para esse sentimento.

Mas o ponto que eu quero chegar é o da decepção. É algo que ocorre em qualquer meio, seja ele amoroso, o da amizade, o do trabalho. Talvez essa ''sedução'' e a decepção andem lado a lado, talvez não. Só é perceptível que certa hora a força vai perder intensidade e te deixar num lugar desconhecido e sem cumprir metade das coisas prometidas. Isso me faz pensar que o que importa na verdade é sua capacidade de ignorar esses fatos e criar luzes para poder se guiar e também como você lida com as más situações.
E é como se viver fosse voar. Você sobe, olhando apenas para cima, imaginando como é no espaço. Até que derrepente acaba a gravidade e você cai sem controle. Com todas essas quedas é possível aprender o ponto exato em que se deve olhar para baixo e em vez de sentir o medo da queda, sentir a adrenalina do voo rasante até que chegue a devida hora de planar e voltar a subir, sempre no controle.