E lá estavam elas,
Duas mãos silenciosas
Que se olhavam, se entre-olhavam,
Talvez pelo tempo estavam ociosas.
Uma estava desiludida
Desamparada e perdida
E a outra ignorava seus próprios problemas,
Só queria ajudá-la.
Aproximou-se devagar e com um gesto sutil a tocou.
A mão tristonha acordou do pesadelo e pôs se a sentir a semelhante.
Sentia o carinho e o amor que ela queria passar-lhe.
De algum jeito, a mão carinhosa passou a reduzir a intensidade dos movimentos,
Como se esperasse uma reação.
Com medo, a mão tristonha agarrou a carinhosa com força,
Desejando que ela nunca parasse.
Uma sentia o calor da outra e diziam silenciosamente: Eu te amo!
Os donos apenas se entre-olhavam imaginando se era hora ou se era verdadeiro aquele sentimento.
Nenhum dos dois havia a coragem necessária para perguntar ao outro se sentia mesma coisa.
O tempo passou e forçou-os a soltarem-se, mesmo contra vontade, e desejando um ao outro.
Um comentário:
Nossa, que lindo *-*
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