Um instrumento que seja de fácil manuseio como um violão e que tenha o som delicado do piano, mas que seja leve como uma pena e que te permita carrega-lo por onde queiras. Um que tenha a facilidade de aprendizado de um flauta, mas que não exija de seu pulmão como um saxofone, mas que como uma tuba, ecoe pelos cantos, paredes, campos, casas, ouvidos, corações, carros, fones, vozes. Que não seja elétrico como um teclado ou guitarra, pois nem sempre a luz estará contigo. Um que quando necessário faça pouco ruído como um contra-baixo e que tenha o compasso e domínio de uma percussão. Um que seja sofisticado como um violino, não tão grande como um violoncelo, e ao mesmo tempo clássico e cultural como um alaúde, uma cítara, uma harpa. Que vá do agudo de um clarinete ao grave de um orgão. Que não tenha estilo definido como um acordeon e que seja único como um sintetizador. E que, por final, use a energia do espírito e a vontade da alma para criar as notas, compor a melodia e nos mostrar o verdadeiro sentido da música.
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