Tinha um lugar onde eu costumava passar as tardes de domingo. Um lugar bonito e calmo, no meio da selva de pedra, com árvores, flores, bancos de praça antigos e uma brisa esplêndida. Lá os problemas não existiam, tudo era perfeito. Um ponto de felicidade no meio da rotina triste da cidade, era o que o lugar era.
Todo domingo ia pra lá. De vez em quando ouvia futebol no meu velho radio de pilha, na rádio AM que chiava um bocado. As vezes lia um livro de um filósofo desconhecido (acredito eu que filósofos conhecidos não trazem toda a problemática da mente humana). Tinha vezes que encontrava um velho amigo e jogavámos xadrez.
Foi assim por um bom tempo até que viéram e cortaram as árvores, a grama, tiraram a beleza que lá havia. Eu chorei, eu senti cada galho caindo em cima do meu coração.
Hoje, depois de muito tempo eu passei na frente daquele lugar e pude ver que a alegria estava voltando. Uma flor nascia por entre os postes.
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