E tem uma coisa que talvez ela não saiba. Que eu, nas horas mais densas, fico pensando em tudo. Tudo relacionado a ela. Não tenho mais medo disso. Foi algo que evoluiu e amadureceu tão rápido, tão prematuro. Mas parece tão sensato e certo.
Depois de algum tempo eu posso pensar em me agarrar em algo. Nada muito grande. Mas é uma bola de neve, que vem rolando colina abaixo, e com velocidade vai crescendo até ficar imparável. O começo veio e vem com coisas diminutas. Coisas que sozinhas não fariam sentido a ninguém. Conversas sem rumo e sem sentido, que não levariam a lugar nenhum, por fim levaram-me a chegar à conclusão.
Alguns movimentos em falso no escuro eu cometi. Sentimentos, sem motivos, eu alimentei. Mas ainda não venci. Espero contar com ela durante e depois da luta. Eu diria a ela: "Se não me levares a mal, não serei mau, tampouco lhe causarei mal.".
E sem realmente dizer, que ela entendesse que, apesar de tudo, eu começei a amá-la.
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