Sabe quando uma grávida tem vontade de comer coisas inusitadas no meio da noite e o marido vai atrás e quando ele volta, ela não quer mais?
Sabe quando se está com uma música na cabeça e no minuto seguinte não se lembra nem mesmo a melodia da mesma?
Sabe quando se olha para uma pessoa e não se vai com a cara dela mas quando se conhece-a bem, tudo aquilo do primeiro momento se vai?
É assim com as idéias. Com as minhas pelo menos. Quanto mais eu penso em determinado assunto mais rápido ele foge da minha mente. Esse assunto mesmo, se eu o deixasse passar eu acabaria esquecendo-o e nem restaria nenhum registro sobre ele.
O esquecimento é um sentimento complexo e de certa forma horrível. Existem coisas que se tem vontade de esquecer. Mas pense bem, não é um esquecimento total, o aprendizado quer e deve ser mantido. É como se tivéssemos uma biblioteca na mente, na qual tudo que já vimos ou soubemos está. Seria mais que abominável se esta biblioteca pegasse fogo. Cada página de cada livro ali contém pedaços de aprendizado e de reflexões que não são perceptíveis por todos, apenas por você. Isso é o que constrói a sua visão de mundo.
Mas as idéias são como rabiscos em rascunho que ficam em cima da mesa desta biblioteca que na menor distração vão para o lixo. Talvez tenha como recuperar, mas não totalmente. Um pedaço está amassado ou foi cortado e agora não da mais para ler. Acho que a maior invenção da humanidade será a maquina de relembrar lembranças recentes, se inventarem claro.
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