quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Silêncio da voz.

Eu pensei em cantar a mais bela música, em ler o mais doce dor livros, em escrever a mais romântica das cartar, mas adiantaria? Depois de tudo que passou, das noites sem dormir, dos dias dormindo, das notas erradas nos instrumentos certos, das leituras certas nos ônibus errados, dos encontros rápidos e importantes, dos itens materiais adquiridos, minha voz se perder dentro de mim e lá está, trancada no equilíbrio das alegrias de uma pessoa ingenua. 
Voz que antes se apoiava nos pensamentos livres de uma pessoa reflexiva hoje se prende dentro de uma pessoa passiva. A voz que gritava para ninguém ouvir hoje não grita mais. E quem realmente ouvia aquela voz não sente falta. Se é que alguém ouvia.
Quem antes era obrigado a ouvir hoje fala. E fala muito. E aquele que antes falava agora escuta. Escuta e pensa. Mas não grita, não conclui. Apenas escuta e pensa. Respeita antes de tudo.

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